sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Os pontos simbolistas de
suas costas
são mais graciosos que qualquer Kandinsky
em minhas coxas.

Sei de cada rabisco dos pequenos montes
dos teus braços!
Passei por eles.
deleito-me por dentro e fora do teu peito.
Ah, que delícia é acarinhar os seus cabelos
e sentir esse carinho de volta no brilho dos seus olhos!

Me cante o Moska!
Me cante, me cante...
Que o desejo da minha boca
aumenta cada vez mais pela sua!
Me acorde, de madrugada,
com o mais doce dos seus beijos!
Me deixe arrepiada
pela manhã, de conchinha,
com seus lábios em meu pescoço...

Eu, pirata de sua ilha,
te darei muitos e todos os mares!
Me dou inteira!
Entre outros focos e cigarrilhas,
sou insulanamente sua!
Perdoa se, para a poetisa em mim,
ainda falta muito...
Em contrapartida,
por você - e só por e para você - transborda o meu amor.

E como disse o poeta de calça vermelha,
quase chego a sentir pena de ti,
que jamais irá provar de você,
mas pode se deliciar em
cada dimensão de mim.


quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Velas

Escuta as águas que caem sobre nós, amor! Elas acalmam o nosso amar, agitam nosso cobertor...
Gosto de mergulhar em você, e de te receber de sorriso no rosto (e mordidas à gosto!). Eu amo ser tua sereia! Vem aportar aqui, na minha ilha?

"Eu sou alegria"

Durma bem, menina. Afinal, amor que é amor dói, seja de saudade ou partida. Derreta-se em lágrimas, misture-se às cinzas de seu Carlton e até lave-se de álcool, mas durma bem.

Vista-se de outras, já que outros são invisíveis. Pinte seu rosto bonito para as guerras noturnas do Rio de Janeiro, pinte suas unhas. Entretanto, jamais deixe de dormir bem.

O dia não precisa se estender por tantas horas assim... O carnaval já vem chegando! Prepara-te para os vários blocos que virão e volte-se para sua alegria - que agora é fantasia, mas não demora. 

Portanto, durma bem, pois és alegria - lembrarei quando não fores. Alegra-te, Maria!

Para Leticia

Álcool

Eu danço
Eu descanso
Eu escrevo linhas trôpegas sem rumo
Eu sou o antigo futuro

Eu, balanço sem nó,
Vôo, rodopio e estremeço
Caio,
E ainda ouso balançar de novo.