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Não sou grande artista.
Minha cultura não é extensa,
Ainda que caminhe a passos curtos.
Sim, frustro-me.
Reconheço a genialidade,
E ela não está em mim.
E não me seria natural se a torcesse.
Mentiria. Deslavadamente.
Vomito palavras.
Essa é a minha arte imunda,
Minha maldição egoísta,
Narcísica,
Meu grito gemido para que não seja esquecida.
Patética negação
E aceitação
Da própria existência.
domingo, 25 de dezembro de 2011
Indiferença
Onde está o silêncio que preciso?
Onde foi parar?
Há necessidade de sorrir assustadoramente
Por todo o tempo?
Não sou capaz de tal felicidade
Inventada e projetada
Como pré-requisito de vida.
Esse defeito teimoso de minha existência
Afeta, cresce e enlouquece apenas dentro de mim.
Somente eu sei quem sou
E ainda assim, sei de nada.
Onde foi parar?
Há necessidade de sorrir assustadoramente
Por todo o tempo?
Não sou capaz de tal felicidade
Inventada e projetada
Como pré-requisito de vida.
Esse defeito teimoso de minha existência
Afeta, cresce e enlouquece apenas dentro de mim.
Somente eu sei quem sou
E ainda assim, sei de nada.
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Nossa Dança (Pedido de Casamento)
O amor é um jazz
Pingado no suor de nossos corpos,
É acorde levado nos ouvidos.
É dança em vermelho,
Suingada na mesma sintonia
Das mordidas no pescoço.
É alegria nos olhos de brasa,
Calmaria em seu peito
De escola de samba.
O amor é folia
Que sorri de graça
E me oferece sua mão.
Me concede esta dança?
Para o anjo que me ofereceu sua dança
Pingado no suor de nossos corpos,
É acorde levado nos ouvidos.
É dança em vermelho,
Suingada na mesma sintonia
Das mordidas no pescoço.
É alegria nos olhos de brasa,
Calmaria em seu peito
De escola de samba.
O amor é folia
Que sorri de graça
E me oferece sua mão.
Me concede esta dança?
Para o anjo que me ofereceu sua dança
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Poetizar
A poesia não morrerá
Ou viverá
Por e para seus caprichos.
A pretensão da compreensão
Inútil, fácil e falsa
Cansam estas letras.
E lápis.
Não tente usar as palavras,
Nem sequer tente adivinhar
Seus caminhos e sentidos.
A poesia não está pronta.
Do poeta, é crua.
Da poetisa, nada.
Ou viverá
Por e para seus caprichos.
A pretensão da compreensão
Inútil, fácil e falsa
Cansam estas letras.
E lápis.
Não tente usar as palavras,
Nem sequer tente adivinhar
Seus caminhos e sentidos.
A poesia não está pronta.
Do poeta, é crua.
Da poetisa, nada.
sábado, 10 de dezembro de 2011
O Tédio das Horas
As horas bebem em bares
E eu me vejo do lado de dentro
Esperando as malditas passarem.
Não sinto sono.
Não sinto frio.
Queria um cigarro.
Balançar num trago
Os ponteiros e números
Esfumaçados do relógio.
Logo viria o enjôo,
E pateticamente me perguntaria
Qual seria o seu sentido.
O tempo passando.
E eu me vejo do lado de dentro
Esperando as malditas passarem.
Não sinto sono.
Não sinto frio.
Queria um cigarro.
Balançar num trago
Os ponteiros e números
Esfumaçados do relógio.
Logo viria o enjôo,
E pateticamente me perguntaria
Qual seria o seu sentido.
O tempo passando.
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