O que vem daí
Escorre por cada poro de meu corpo
Até chegar à alma.
Uma vez lá,
Vira casa, moradia,
E vento algum derruba.
Aquece.
Te aqueço.
Aquiete-se
Que quero ouvir teu zumbido
Respirado no lado esquerdo.
Deite-se aqui
E me abrace.
Beije.
Feche esses olhos
Que eu trato de não abri-los.
quarta-feira, 29 de junho de 2011
terça-feira, 21 de junho de 2011
Águas
O que queima os olhos,
Que cai,
Se disfarça nos pingos
Que lavam o corpo.
O espelho é invisível
Aos olhos cheios de vapor.
Mal sabem o que vêem.
Misturam-se as águas
Que vão e vem
E vão de vez.
Que cai,
Se disfarça nos pingos
Que lavam o corpo.
O espelho é invisível
Aos olhos cheios de vapor.
Mal sabem o que vêem.
Misturam-se as águas
Que vão e vem
E vão de vez.
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Anti-horário
A mistura das noites chega.
Quer mesmo me acompanhar?
Pois venha.
Vamos conversar, falar de poesia,
Das pessoas à nossa volta,
E talvez haja até um pouco de dança.
Você vai procurar amor na minha diversão.
Eu, distraída, sentirei o tempo passar.
À porção que se apaixonar,
Vou me entediar.
E o calendário acabará uma hora
- o que me levará embora -
Você vai pedir que eu fique.
Logo, ouvirá meu relógio do avesso:
Taque-
Tique.
Quer mesmo me acompanhar?
Pois venha.
Vamos conversar, falar de poesia,
Das pessoas à nossa volta,
E talvez haja até um pouco de dança.
Você vai procurar amor na minha diversão.
Eu, distraída, sentirei o tempo passar.
À porção que se apaixonar,
Vou me entediar.
E o calendário acabará uma hora
- o que me levará embora -
Você vai pedir que eu fique.
Logo, ouvirá meu relógio do avesso:
Taque-
Tique.
terça-feira, 14 de junho de 2011
Sétimo
Fala-me e silencia
A tua ausência
Em ruídos.
Tira-me dos sonhos
E amacia a minha carne
Com um daqueles martelos.
Siga, mas não deixe
Que se vá.
Não perca esse olhar,
Deixa-me ficar.
"Não pensa que eu fui por não te amar..."
A tua ausência
Em ruídos.
Tira-me dos sonhos
E amacia a minha carne
Com um daqueles martelos.
Siga, mas não deixe
Que se vá.
Não perca esse olhar,
Deixa-me ficar.
"Não pensa que eu fui por não te amar..."
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Começo de Junho
Dancei para a chuva no último carnaval.
E é somente o último dia
Que traz as cinzas e a euforia
Do último sinal.
Foram-se os risos,
Os cantos...
Foi-se história!
Até um "s" sem chiado
Foi embora ao final do dia.
E é somente o último dia
Que traz as cinzas e a euforia
Do último sinal.
Foram-se os risos,
Os cantos...
Foi-se história!
Até um "s" sem chiado
Foi embora ao final do dia.
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