Desde o vento do Norte
As luzes das velas derreteram
Mais do que aquele filme meu
Me esqueci que poesia é sorte
E um sopro de alma
Que já se perdeu
E não há óculos escuros
Olhos nus
Ou lentes de grau
Que devolvam os borrados que vi
Sou o mais ínfimo dos todos
Nessa multidão retalhada
Que me consome entre escarros
E livros ditados pelos primeiros esquizofrênicos
Sou a ausência que estava guardada
A mais de dezessete chaves
Perdida nos detalhes cheios de dentes
Do semi-auto-retrato que libertei