não sorrio
sou
r
.i
..o
(Escrito originalmente em 16 de março de 2014)
Umas cores escritas...
domingo, 28 de setembro de 2014
Meu silêncio é só meu.
Ainda pinto as unhas de amor.
Rabisco minhas linhas
Tortas
(com cores agora).
Preencho mandalas
E alumio por dentro.
Ainda pinto as unhas de amor.
Rabisco minhas linhas
Tortas
(com cores agora).
Preencho mandalas
E alumio por dentro.
Meu lampião sou eu.
Sou eu também tua cria
Tua filha e tua mulher.
A memória do teu rosto
Nos teus detalhes meus.
Cada raíz de tuas linhas
Pintadas em mim
Tua filha e tua mulher.
A memória do teu rosto
Nos teus detalhes meus.
Cada raíz de tuas linhas
Pintadas em mim
Por dentro
Por inteiro.
Por inteiro.
Meu túnel é você.
Nossos caminhos
Nossos
Cuidado com os buracos
E olhamos em frente.
Estamos à frente
Nossos
Cuidado com os buracos
E olhamos em frente.
Estamos à frente
Nossa luz somos nós.
(Para Leandro)
(Escrito originalmente em 3 de setembro de 2014)
Sandra usava saias longas e cabelos curtos.
Certo dia, Sandra encarou-se no espelho. Seu rosto derretia como sorvetes de casquinha em dias de verão. Sandra podia sentir seu rosto escorrer para dentro de seu peito, e suas costas sentiam o leve peso do mundo todo.
Sandra escorria.
Vinte e dois anos, cada um deles gotejava ardendo. Era a vida girando rapidamente em volta do ralo. O tiro era desnecessário. Só espirraria bagunça.
A vida em volta do ralo, a vida em volta do ralo...
Sandra acabou por engolir-se.
(Escrito originalmente em 23 de setembro de 2014)
Sobre a solidão
O silêncio.
Espaço vão, vago, vadio. Nó no peito, engasgado. Não sai, não entra, não fica, não vai.
O silêncio guardado.
Vide o vermelho nos quadros, nos quartos. Um som oco. Um poço raso.
A espera pelo beijo de outros beijos. O romance-ilusão. Desilusão. A espera.
A espera, a espera, a espera...
O silêncio mudo
muda nada.
Espaço vão, vago, vadio. Nó no peito, engasgado. Não sai, não entra, não fica, não vai.
O silêncio guardado.
Vide o vermelho nos quadros, nos quartos. Um som oco. Um poço raso.
A espera pelo beijo de outros beijos. O romance-ilusão. Desilusão. A espera.
A espera, a espera, a espera...
O silêncio mudo
muda nada.
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