terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Quando Chegar

Não há por quê se destruir assim.
O vazio que há em você cabe também em mim.
E o que ficou
Foi o jeito, o carinho e o nosso amor;
O anjo e a flor.

Pode afogar a falta na cerveja
Ou em qualquer cereja que apareça.
Se somente for eu no teu peito, porém,
Sabes que sou tua refém.

Não se entregue assim tão fácil, meu bem
Dói em cada parte de mim também.
A gente se vê ainda,
Me avise quando chegar.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Jurandir

Jurandir, traga outra Providência
Que essa está difícil de tomar...
Há esse amor para retirar
Do meu peito que quer parar de sangrar.

Hoje eu choro esse drama
Até a última grama
Pois acabou.
Porém, esse fim tem de existir.
Se não se é feliz, Jurandir,
Por que insistir?

E eu, Jurandir, que não posso nem beber
Como é que vou fazer para essas lágrimas deixarem de pingar?
Sei bem o que cresceu, e o bem que ficou
Mas quero continuar a crescer
E o meu valor.

Isso que hoje dói em mim,
Eu sei, vai virar só cicatriz!
Só devo lembrar do quanto fui feliz,
E o que criou raíz, Jurandir
Hei de expandir!

Como Quem Ouve Uma Sinfonia

De mim, restou apenas um chinelo vermelhinho
No oceano do seu quarto.
O amor desacreditado em um
É tortura no amor de outro...

E o rádio sussurra "eu te amo calado"...
"Somos feitos de silêncio e som
Têm certas coisas que eu não sei dizer".

A dor que a minha alma contrai
Faz com que a do corpo se torne
Apenas um pequeno detalhe.

E com toda a angústia
De um grande e perdido amor,
Choro em horas
O minuto em que o vi partir.