quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Neve

Fazia tempo que essa tremedeira não me invadia o peito...
Esse frio tão gelado que é capaz de matar... É preciso ser forte. Apenas roupas quentes não acabam com essa neve. E esse medo de morrer de frio? Talvez seja pior que a real capacidade de matar.
A agonia que surge quando começo a tremer evolui cada vez mais. Quando dou por mim, os calafrios tomaram conta. E não param, não param há dias! E não adianta pedir com educação ou gritar, não há um intervalo sequer. É um Alaska que não tem noite, gélido como as madrugadas sós do mundo afora. Os dias não terminam e a neve não cessa.
Sei que o Sol quente vai chegar e derreter todo esse gelo, sei sim. Espero que depois o chão não esteja escorregadio, ou que seque logo para que eu possa sair e firmar, finalmente, meus pés no chão. 

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