segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Vagalume - Parte II

Alma de manteiga,
expulsa o demônio
e abre suas asas
para um vôo alto e gracioso.

Não há nada errado
em suas luzes bonitas.
Elas podem brilhar verdes
e seguir sentido às estrelas.

Não deixe que o vento te sopre para baixo!
Afinal, um vento tão bom 
só tem o poder de soprá-lo para o alto!

Sim à tua superação
de cada dia,
de um novo coração!

Nas Alturas

O princípio é: a ausência de risos e sorrisos não há! Da boneca-menina (cabeça colada de tão dura!) até a beleza das batalhas. Mas vamos ser leves...

Falar sobre qualquer banalidade é tão importante quanto fatos decisivos. E, então os nós da minha cabeça se desfazem, e dão lugar aos seus laços. Afinal, os reais campeonatos ganhos são os daqui, do coração.

E a graça aparece até nos meus sonhos agitados, em rolar para todos os lados e falar um idioma de só um! A graça está por todos os lugares e, quando não está, a inventamos!

O principal é: a ausência de risos e sorrisos, ao seu lado, nunca houve e jamais haverá!

Para Dani

sábado, 4 de dezembro de 2010

Ponto de Luz

Só neste apagão
À luz destas poucas velas brancas,
Os poucos pontos de iluminação
Voam verdes.

Compartilham com as estrelas e comigo
Sua graça,e leveza
De um rumo sem nenhum perigo.

O vagalume que se vai
Deixou por aqui sua serenidade
Nos gestos de um pai
E em toda a sua musicalidade.

Seu vivo verde chega a piscar,
Mas não apaga;
Alumia a vida de quem passa
E sorri à quem fica.

Não há porquê ter medo, não
Enterram-se aqui os tempos de escuridão.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

(Cinco) Dias de Sol

Ah, meu Rio de Janeiro!
Prefiro teu ensolarado calor
A um céu cinza-cinzeiro.

Teu sol que afoga-me os poros,
Teu humor leve de maresia,
Tuas belezas extraordinárias!

Ah, Rio querido,
Não leve de mim essa alegria,
Essa graça que dá a tudo
Abstrato ou concreto.

"Deixe-me concentrar na alegria
É na alegria que eu quero me concentrar..."

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Paraíso

Acredito que no nosso Paraíso vai ter
Tudo que podemos querer:
De louça lavada e Fluminense
A sexo e o meu Lê.

E o que é que se leva daqui?
O que é que pode ficar?
Nos poetas, se vai toda a essência
Ou as linhas escritas vão se eternizar?


O meu céu é o que construo
Hoje, com meus pés no chão.
A magia que vivo é doce,
Nem tudo precisa ter gosto de limão.


Voar, já vôo quando estendo minha mão
Ao meu anjo e ao amor que me traz.
E não há mais nada o que temer, então.

Acredito que o meu Paraíso aqui tem
Muito amor e calor
E poesia e boemia
E alegria! E alegria!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Moptop, Jay e Maysa

Ando pensando se é justo ganhar dinheiro com o que se ama. Seria justo, então, receber por algo que não gosto e não sei fazer?
Faz tempo que já não sei mais o que é justo ou injusto. Talvez tudo compartilhe dos dois conceitos. E a música grita no meu ouvido: "Aonde quer chegar?".
Não sei.
Nunca cheguei a lugar nenhum de minha vida que comecei a trilhar. Nunca tive certeza de nada... Por isso mesmo não devo ser muito certa. A certeza não deve ser para mim. Nem sei se lamento ou sorrio por quem a possui.
Li na prova (oficial) mais importante da minha vida que as pessoas não são felizes porque não suportam incertezas. E sabe que me vi dentro dessas pessoas?
Pensei por uma semana inteira sobre isso. Não sou de aceitar fórmulas, mas não é que tenho me sentido mais feliz depois que realizei que a certeza é muito tediosa?
"Por que ainda insiste?"
Se deixar de insistir, desisto de vez. E não quero me tornar mais uma pessoa ordinária em seus trabalhos automáticos e vidas previsíveis. Nunca desisti de ser feliz. Não quero desistir de escrever, de inventar músicas, de me reinventar. Sempre quis ser diferente. Talvez eu seja pretensiosa. Acho ser igual tão triste, tão robótico...
Quero sentir-me feliz, como há algum tempo vinha sendo. Como há dias tenho voltado a ser. "Insisto, resisto, invisto no jogo".
"Estás perdendo el tiempo pensando, pensando..."

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Incendeia

O desejo por mim mesma consome
E a libido inicia a delirante viagem
De minha pele rente a sua
Pelo encaixe perfeito das ancas
E minhas mãos trazendo-o ainda mais
Para mim.

E já no meio da jornada
Recheada de risos, sorrisos e lábios mordidos
É percebida a falta do segundo
Para que o virtual evolua a uma realidade
Intensa e única.
Quilômetros Injustos!
Cama Pequena!

Pensa em mim, branco
Pois meus pensamentos já beiram devaneios
E tua miragem
No fim do mês
Transformar-se-á
Em nossa
Doce
Loucura
.