a febre no corpo
a chuva na janela
a moleza na vida
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
sábado, 13 de agosto de 2011
Olhos de Silêncio
Aplica-me o olhar do silêncio
Que falou-me tanto sorriso
Naquela sintonia fácil.
Evita dizer nos olhos
O que silencia com seu desvio
Distante e ágil.
Que falou-me tanto sorriso
Naquela sintonia fácil.
Evita dizer nos olhos
O que silencia com seu desvio
Distante e ágil.
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Farol
No verde-água de seus olhos,
Sou longe,
Sou quebra-mar.
Nas marcas dos teus abraços,
Sou quente,
Sou teu amar.
Na canção em seus ouvidos,
Sou rádio
Quebrado, que repete a melodia.
Aquele amor finito
Jamais voltará.
Somos águas das ondas:
Cada uma a renovar
O que eu, farol,
Hei de iluminar.
Sou longe,
Sou quebra-mar.
Nas marcas dos teus abraços,
Sou quente,
Sou teu amar.
Na canção em seus ouvidos,
Sou rádio
Quebrado, que repete a melodia.
Aquele amor finito
Jamais voltará.
Somos águas das ondas:
Cada uma a renovar
O que eu, farol,
Hei de iluminar.
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
O Dia Que A Lua Riu
A Lua olhava a todos lá de cima,
Ria de cada pequeno problema
Com aquela ironia ímpar
De despertar raiva.
Pequenina,
Pular até cá é utopia!
Não me atinge nem um sopro,
E tua queda ainda multiplicará tua ruína!
Uma gargalhada
E um piscar de olhos
Escurecia sua curta e irritante jornada
Para trás das montanhas.
Sobrava em sua rapidez
A melancolia e a soberania
De quem vive sozinha.
Em seu sorriso,
Restava-me a insensatez.
Ria de cada pequeno problema
Com aquela ironia ímpar
De despertar raiva.
Pequenina,
Pular até cá é utopia!
Não me atinge nem um sopro,
E tua queda ainda multiplicará tua ruína!
Uma gargalhada
E um piscar de olhos
Escurecia sua curta e irritante jornada
Para trás das montanhas.
Sobrava em sua rapidez
A melancolia e a soberania
De quem vive sozinha.
Em seu sorriso,
Restava-me a insensatez.
domingo, 31 de julho de 2011
A Vida Em Cento e Quarenta Caracteres
Era um amor daqueles dispostos a enfrentar cento e quarenta caracteres. Cada letra, uma nova batida dentro do peito. Bonito mesmo era quando chegavam às tais DMs, aquelas mensagens que os dois poderiam ler. Porque privacidade é preciso.
Doralice não gostava de seu nome nas redes sociais. Achava out demais! Era, então, alicenopaisdasmaravilhas. Assim, tudo junto, com um arroba na frente. Afinal, sem o arroba, ela não seria ninguém. Já Ronaldo achava seu nome o máximo. Era o nome do Fenômeno, que encerrou sua carreira fenomenal num amistoso contra a Romênia sem nenhum gol. Mas foi um jogo lindo, marcado para a história! Ronaldo até fazia piada quando o Fenômeno jogava no Corinthians, mas, depois do jogo contra a Romênia, seu homônimo era um gênio!
Ronaldo não ligava muito para vaidade. Achava que não era coisa de homem. E para deixar bem claro de que era um, seu nome no Twitter era Ronaldão, com arroba na frente, claro. Sem o arroba, ele não seria ninguém.
Um dia, entre um tweet falando sobre sua fome e os gols do Brasileirão no ar no “Fantástico”, Ronaldo viu o perfil de Doralice num RT qualquer. Clicou em sua foto e viu uma bela menina num auto-retrato no espelho. Logo, passou a segui-la. Doralice sorriu ao ver que tinha mais um seguidor em sua lista. Achou Ronaldo uma delícia!
E as juras de amor de um para o outro vinham de outros perfis de frases feitas. Tudo em cento e quarenta caracteres. Jamais se viram, e nem pensam nisso. Doralice e Ronaldo gostavam mesmo de mostrar ao mundo em como eram bonitinhos. As meninas achavam Ronaldo um fofo, e os rapazes queriam mostrar a Doralice que eram melhores. E todas as amigas de Doralice também achavam lindo!
Ah, a vida é mesmo feita para cento e quarenta caracteres!
Amsterdã
A loucura deve ser regularizada.
Regular deve ser o pão, o circo,
As batidas do meu coração
E tudo mais que me deixe espantada
Ou extasiada.
O amor precisa ser regrado
Como mulheres nas vitrines,
Nas esquinas.
O amor deve ser barato.
A fumaça deve ser concentrada.
Mas ela se espalha.
E se espelha tão depressa
Que não há nenhuma regra
Ou lei que a faça ser parada,
Assim como as canções,
Os corpos unindo-se,
Os copos brindando,
Os risos.
E não há linha no mundo que faça regulamentado
O acelerado bombear de vida
Do louco apaixonado.
Regular deve ser o pão, o circo,
As batidas do meu coração
E tudo mais que me deixe espantada
Ou extasiada.
O amor precisa ser regrado
Como mulheres nas vitrines,
Nas esquinas.
O amor deve ser barato.
A fumaça deve ser concentrada.
Mas ela se espalha.
E se espelha tão depressa
Que não há nenhuma regra
Ou lei que a faça ser parada,
Assim como as canções,
Os corpos unindo-se,
Os copos brindando,
Os risos.
E não há linha no mundo que faça regulamentado
O acelerado bombear de vida
Do louco apaixonado.
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Pingo D'Água
Veja só,
banalizaram o amor!
Fizeram-no de bobo!
Disseram que ele vem com quem chega;
disseram que ele vem com a mentira;
disseram que ele vem com a falta da partida.
Sim, ouvi.
Estava bem ali,
ó.
Estava quietinha
com meu fone e pensamentos.
Mas quem não ouve quem fala
por meio de gritos?
Era tanta coisa feia,
era tanta gente feia
que me senti feia
só por testemunhar.
E testemunha é mesmo coisa chata,
seja por julgamento,
seja de Jeová.
Mas olhe bem,
assassinaram o amor!
Torturaram, cuspiram,
massacraram! Todo!
banalizaram o amor!
Fizeram-no de bobo!
Disseram que ele vem com quem chega;
disseram que ele vem com a mentira;
disseram que ele vem com a falta da partida.
Sim, ouvi.
Estava bem ali,
ó.
Estava quietinha
com meu fone e pensamentos.
Mas quem não ouve quem fala
por meio de gritos?
Era tanta coisa feia,
era tanta gente feia
que me senti feia
só por testemunhar.
E testemunha é mesmo coisa chata,
seja por julgamento,
seja de Jeová.
Mas olhe bem,
assassinaram o amor!
Torturaram, cuspiram,
massacraram! Todo!
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