domingo, 31 de julho de 2011

Amsterdã

A loucura deve ser regularizada.
Regular deve ser o pão, o circo,
As batidas do meu coração
E tudo mais que me deixe espantada

Ou extasiada.

O amor precisa ser regrado
Como mulheres nas vitrines,
Nas esquinas.
O amor deve ser barato.

A fumaça deve ser concentrada.
Mas ela se espalha.
E se espelha tão depressa
Que não há nenhuma regra
Ou lei que a faça ser parada,

Assim como as canções,
Os corpos unindo-se,
Os copos brindando,
Os risos.

E não há linha no mundo que faça regulamentado
O acelerado bombear de vida
Do louco apaixonado.

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