sexta-feira, 27 de maio de 2011

O Velho Camuflagem

O velho que persegue bar a bar
Desatava a dançar!
Era João sem Maria,
E só sabia voltar para casa
Pois as doses para o santo
Marcavam seu caminho.

De manhã, o sol brilhava
Dentro de seus vidros.
Os raios que lhe atingiam
Não eram os demais vadios.
De manhã,
A dor e a ressaca do amor perdido.

E se conseguisse, ajoelharia
Por perdão pela diversão
Que gastara sem seu par.
Como poderia dançar sem sua doce Maria?

Se a vida não parecia seguir,
O velho seguia cada noite:
Em cada copo, um souvenir;
Em cada garrafa, uma canção,
Um samba qualquer que implorava
O dia em que não levantasse do chão.

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