quarta-feira, 11 de maio de 2011

Otenos

Tudo é silêncio.
Nem insetos fazem tanto barulho.
Não há som que quebre este vazio.

São só os ecos do nada
Que chegam para lembrar
Da estranha inércia tão conhecida...

A loira até avisou:
- Mate o tempo, antes que o tempo te mate!
Pois nem vivo nem morro

E o tempo mal me bate.

Não sinto.
A solidão engole o que há por dentro
E apenas leva o brilho dos olhos,
Deixando comigo o inverso do soneto.

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