Aproxima-se a hora! Afastam-se os segundos! Os minutos correm! O tempo é mesmo coisa de louco... Se não houvessem inventado o relógio, quem poderia informar as horas? Seria o tempo cronometrado ou individualizado? Hein?
Quando há algo de muito esperado para acontecer, o tempo aposta corrida com as tartarugas e caramujos, e chega em último lugar! Porém, quando o “muito esperado” está acontecendo, o tempo corre tão rápido quanto o Papa-Léguas. Há também aquelas conversas chatas que sugam toda a energia do ouvinte, parecem durar milênios... E quando se olha para o relógio, foram só alguns minutos de cansaço. E o calendário também continua o mesmo...
Seria uma delícia se as métricas do tempo não existissem! Tudo viria a ser surpresa, os pés não correriam tão apressados no centro da cidade e os sorrisos pairariam naqueles rostos atemporais. Nada teria hora para terminar, e tudo começaria quando bem entendesse! Os beijos durariam uma eternidade para os que beijam e uma outra eternidade para os que não beijam, assim como os carinhos, e os abraços... Ah, ainda jogo meu relógio fora!
E será por isso, meu amor, que na nossa casa haverá um antigo relógio parado às 2hs e 23 minutos... e todos saberão que o nosso encontro foi eternizado.
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